sexta-feira, 2 de outubro de 2009



Feminismo, o que é isso?
Feminismo, uma palavra que causa um certo impacto e receio a uma sociedade falsamente equiparada, machista, puritana e conservadora. Mas esta mesma palavra que dá voz e autonomia as mulheres bitoladas. É, de fato, muito difícil predefinir o que venha ser feminismo, pois, esse termo exprime todo um processo histórico e político que foi fundamentado no passado, mas que se alimenta na nossa vida cotidiana e que não tem um ponto predeterminado de chegada. Assim como todo processo de transformação, contém contradições, avanços, recuos, medos e alegrias.
O movimento feminista aparece num momento histórico em que outros movimentos de libertação criticam a existência de formas de pressão. Rompendo seu silêncio, movimentos negros, de minorias étnicas, de gays, ecologistas, se organizam em torno de sua especificidade e buscam a superação das desigualdades sociais.
Claro que, feminismo teórico é muito mais fácil do que o praticante. A militância feminista aparece em torno de cursos, debates, palestras, pesquisas, campanhas, formação de centros, editoras, clínicas de saúde, SOS, Casa da Mulher, manifestações culturais e as outras diversas formas de expressão e prática do movimento. O feminismo busca recriar a identidade do sexo sob uma ótica em que o indivíduo, seja ele homem ou mulher, não tem a obrigação de adaptar-se a modelos sociais pré-estabelecidos. Que as diferenças entre os sexos não se tornem uma guerra pelo poder, onde exista o dominador e o dominado.
Ou seja, “ser feminista”, não é somente berrar para os quatro ventos: SOU LÉSBICA (até porque isso é uma questão de orientação sexual e irrelevante nesse momento), feminismo vai muito mais além disso, e não é só freqüentar festivais feministas anualmente... Mas sim, ser de fato feminista e não se calar enquanto sua vizinha sofre uma violência doméstica, enquanto seu parente sofre um abuso sexual ou estupro, ou até mesmo quando você sofre uma violência moral no seu local de trabalho. Seja você, de fato feminista, insira o feminismo na sua vida, depois o aplique no seu cotidiano.